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Portugal e Brasil: a inovação e os desafios do agronegócio, Por António Fiúza


Foto: divulgação

Apenas em um trabalho coletivo, unindo a tradição e a inovação, se pode responder aos desafios da sobrevivência e prosperar


Se há realidade que inesperadamente une Portugal e o Brasil, ela é a agricultura. Inesperada porque o olhar menos cuidadoso pensa em inovação apenas quando falamos de tecnologias. Mas hoje, seja em Portugal, seja no Brasil, a agricultura faz parte muito importante da revolução econômica que vem tendo lugar.


Em Portugal, depois de décadas de abandono e de uma crise que todos vaticinavam como irreversível, hoje a produção agrícola é parte significativa das exportações e da balança comercial, por meio de produtos que souberam afirmar-se num mercado internacional altamente competitivo, seja o vinho ou o azeite, passando pelos chamados frutos vermelhos ou os legumes.


O Brasil, numa escala que lhe é peculiar, é hoje um dos mais importantes celeiros do mundo, alimentando milhões de pessoas nos dois hemisférios, com uma produção que vai dos produtos tradicionais aos cítricos e à soja. Não só como segurança alimentar, mas como campo de inovação, a agricultura é hoje uma atividade de diálogo técnico, de troca de conhecimento e de investimento.


Seja para consumo interno, seja como exportação, a produção agrícola fez o seu “caminho do deserto”, vencendo a condenação a que parecia votada de ser um fóssil de tempos pré-industriais. Hoje, num mundo globalizado, com população em crescimento galopante, a produção de alimentos tornou-se um campo de aposta de grande relevo. Nenhum setor político pode desprezar um tema que salva vidas e pode ser tão importante para a sustentabilidade.


Hoje, os desafios que se colocam no campo das novas tecnologias da informação, longe de serem realidades econômicas em polos opostos ao da agricultura, são posturas, metodologias e ferramentas que revolucionam a agricultura, transportando-a para o mundo dos desafios mais emergentes: a fome e a ecologia.


Unindo o que é mais tradicional às mais modernas linhas de investigação, a agricultura vem do passado e transporta-nos para o futuro. Garantindo a subsistência, a produção agrícola é hoje responsabilidade social e sustentabilidade. Nas mãos de quem faz agricultura está muito do nosso futuro, numa equação que, quem sabe, a mais ambiciosa da nossa geração: alimentar uma população cada vez maior, com o mínimo de danos ecológicos.


Hoje, os desafios que se colocam no campo das novas tecnologias da informação, longe de serem realidades econômicas em polos opostos ao da agricultura, são posturas, metodologias e ferramentas que revolucionam a agricultura, transportando-a para o mundo dos desafios mais emergentes: a fome e a ecologia.


Unindo o que é mais tradicional às mais modernas linhas de investigação, a agricultura vem do passado e transporta-nos para o futuro. Garantindo a subsistência, a produção agrícola é hoje responsabilidade social e sustentabilidade. Nas mãos de quem faz agricultura está muito do nosso futuro, numa equação que, quem sabe, a mais ambiciosa da nossa geração: alimentar uma população cada vez maior, com o mínimo de danos ecológicos.


É nesta dinâmica que Portugal e o Brasil se apresentam ao mundo irmanados nos mesmos desafios. Hoje, num mundo globalizado, em que vivemos constantemente a tensão entre a inovação e a tradição, entre a necessidade de crescer e, ao mesmo tempo, de preservar o meio ambiente, os caminhos a trilhar devem ser no campo da criação de redes e da troca de experiências. Nada se faz sozinho, nada se constrói isoladamente. Todos os setores de uma sociedade moderna são necessários. Apenas num trabalho coletivo, unindo a tradição e a inovação, se pode prosperar, respondendo aos desafios da sobrevivência.


*António Montenegro Fiúza é presidente da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro




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